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É possível amamentar com prótese mamária?

A mamoplastia de aumento é uma das cirurgias plásticas mais populares no mundo, ajudando muitas mulheres a conquistarem a autoestima desejada. No entanto, uma dúvida comum entre aquelas que planejam ter filhos é: “é possível amamentar com prótese mamária?”.

Essa é uma preocupação válida, pois a amamentação é um momento essencial na maternidade e garantir que a cirurgia não interfira nesse processo é fundamental. 

Neste artigo, abordaremos os principais aspectos desse tema, incluindo os tipos de cirurgia, os impactos na produção de leite e os cuidados necessários para uma amamentação tranquila e segura.

A prótese de silicone impede a amamentação?

Não. Na grande maioria dos casos, a prótese mamária não impede a amamentação. Isso porque a técnica utilizada na cirurgia visa preservar a estrutura da glândula mamária e os ductos lactíferos, responsáveis pela produção e transporte do leite materno.

No entanto, a capacidade de amamentar pode ser influenciada por fatores como:

  • Tipo de incisão utilizada na cirurgia;
  • Posicionamento da prótese;
  • Tamanho do implante;
  • Histórico de amamentação anterior;
  • Respostas individuais do corpo à cirurgia.

Vamos explorar cada um desses fatores com mais detalhes a seguir.

O tipo de incisão influencia na amamentação?

Sim, o local onde a incisão é feita pode influenciar na capacidade de amamentar. Existem três tipos principais de incisão na mamoplastia de aumento:

  • Incisão inframamária (feita abaixo da mama, no sulco inframamário): Essa é a técnica mais segura em relação à amamentação, pois não interfere nos ductos lactíferos nem na glândula mamária.
  • Incisão axilar (feita na região da axila): Também apresenta baixo risco de interferência na amamentação, pois a prótese é inserida sem mexer na glândula mamária.
  • Incisão periareolar (feita ao redor da aréola): Pode representar um risco maior, por atravessar parte dos ductos mamários e pode comprometer o fluxo do leite, tornando a amamentação mais difícil em alguns casos.

Se a mulher deseja engravidar futuramente e amamentar, a escolha da técnica cirúrgica deve ser discutida com o cirurgião plástico.

Além disso, é importante lembrar que fatores individuais, como cicatrização e eventuais complicações pós-operatórias, também podem influenciar a amamentação.

O posicionamento da prótese afeta a amamentação?

O local onde a prótese é colocada também pode influenciar na capacidade de amamentar. As principais opções são:

  • Retroglandular (atrás da glândula mamária, mas na frente do músculo peitoral): Esse posicionamento pode exercer alguma pressão sobre os ductos lactíferos, mas geralmente não impede a amamentação.
  • Retromuscular (atrás do músculo peitoral maior): Essa técnica é recomendada para mulheres que desejam amamentar, por proteger a glândula mamária e reduz os riscos de compressão dos ductos lactíferos.
  • Dual plane (combina os dois métodos anteriores): Essa abordagem também é segura para a amamentação, pois reduz o impacto da prótese sobre as glândulas mamárias.

Além do posicionamento, a experiência do cirurgião plástico é um fator importante para garantir que os tecidos mamários não sejam comprometidos.

O tamanho da prótese pode atrapalhar a amamentação?

Sim. Implantes muito grandes podem pressionar o tecido mamário e dificultar a produção de leite. O peso excessivo também pode causar desconforto e dificultar a “pega” do bebê durante a amamentação.

Mulheres com próteses de grandes volumes podem perceber maior tensão no tecido mamário, o que pode afetar a circulação sanguínea e, consequentemente, a capacidade de produção de leite. Além disso, em alguns casos, pode haver uma leve alteração na sensibilidade da mama, o que pode dificultar a liberação do leite materno.

Por isso, a escolha do tamanho da prótese deve considerar não somente a questão estética, mas também a funcionalidade das mamas para futuras gestações e amamentação.

Leia também: Quais as diferenças entre as próteses mamárias?

A prótese de silicone altera o leite materno?

Não. As próteses de silicone utilizadas na mamoplastia de aumento são feitas com um gel coeso que não vaza e não entra em contato com o leite materno. Portanto, não há riscos de contaminação para o bebê.

Estudos apontam que a composição do leite materno de mulheres com prótese de silicone é semelhante àquelas sem implantes. Dessa forma, não há indícios de que o silicone interfira na qualidade do leite materno ou cause qualquer prejuízo ao bebê.

Dicas para amamentar com prótese mamária

Se você tem próteses de silicone e deseja amamentar, aqui estão algumas dicas importantes:

  1. Consulte um especialista: Converse com seu obstetra e pediatra para garantir que tudo esteja bem com você e seu bebê.
  2. Observe a produção de leite: Algumas mulheres podem ter uma produção menor de leite, então observe se o bebê está se alimentando bem.
  3. Experimente diferentes posições: Posicionar corretamente o bebê pode ajudar na pega e facilitar a amamentação.
  4. Evite o uso de bicos artificiais no início: Isso pode confundir o bebê e dificultar a amamentação.
  5. Mantenha uma boa hidratação e alimentação balanceada: Isso ajudará na produção de leite materno.
  6. Tenha paciência e busque apoio: Algumas mulheres podem enfrentar desafios no início da amamentação, então contar com orientação de um profissional pode ser essencial.
  7. Realize massagens nas mamas: Isso pode ajudar a estimular o fluxo de leite e evitar possíveis ingurgitamentos.

Saiba qual técnica cirúrgica é a mais indicada para o seu caso

Amamentar com prótese de silicone é possível geralmente. Entretanto, é fundamental escolher a técnica cirúrgica adequada para minimizar riscos. Se você pretende engravidar futuramente, converse com um cirurgião plástico para definir a melhor abordagem para você.Além disso, cada mulher tem uma experiência única com a amamentação, e contar com acompanhamento profissional pode fazer toda a diferença para garantir um processo tranquilo e saudável para mãe e bebê.